A desarticulação de joelho consiste na retirada dos ossos da perna, sendo a tíbia e fíbula, da patela ou rótula, ficando o fêmur, que é o osso da coxa. Neste artigo explicaremos o que é a desarticulação de joelho, a importância da articulação do joelho e os tipos de próteses para este tipo de amputação.
A desarticulação de joelho é um nível de amputação que permite ao paciente uma recuperação pós-operatória mais tranquila se comparada a outros tipos de amputações, como amputação transtibial , desarticulação de quadril
porque poucos músculos e ossos são seccionados.
Articulação do joelho: Qual a sua importância?
A articulação do joelho, é a maior articulação do corpo, responsável pela sustentação de aproximadamente 70% de toda nossa massa corporal, sendo uma das articulações mais fortes e mais importantes do corpo humano, permitindo que a perna se mova em relação à coxa, enquanto suporta o peso do corpo. Esses movimentos são essenciais para muitas atividades cotidianas, incluindo andar, correr, sentar e ficar de pé.
Por conta da grande importância dos ossos dos membros inferiores, sempre que nossas pernas ou dedos dos pés são atingidos por eventos traumáticos, ou acidentes de trabalho ou doenças como síndrome do pé diabético, decorrente da diabetes , o nível de amputação que deve ser escolhido pelos médicos responsáveis deve sempre ter como principal objetivo a reabilitação do paciente.
POR QUE AMPUTAR NA DESARTICULAÇÃO DE JOELHO?
Nosso Fisioterapeuta e Técnico em Próteses da Bionicenter Dr. Anderson Tuzino Nolé, deu algumas explicações sobre as vantagens e desvantagens de realizar a operação de desarticulação do joelho. Veja abaixo:
“Alguns pacientes me procuram antes de realizar a amputação, situações de doenças como câncer ou acidente de trabalho, e me questionam qual seria a melhor amputação acima do joelho, a transfemoral ou a desarticulação de joelho. E existem vantagens e desvantagens.
Ao optar pela desarticulação de joelho a principal vantagem é ter um coto mais longo, onde terá um apoio distal, isto é, com a ponto da coto, pois nesse tipo de amputação é preservado o fêmur que é o osso da coxa.
E a desvantagem da desarticulação do joelho é porque o coto fica extremamente longo, e no processo de protetização teremos alguns componentes como o encaixe, a grapa que conecta o encaixe ao joelho, e quando o paciente for se sentar por exemplo, a perna que utiliza a prótese ficará maior que a outra. Então essa é a desvantagem para uma amputação transfemoral, uma questão estética. “
Quais são os tipos de próteses para desarticulação do joelho?
Não podemos deixar de citar que uma amputação implica mudanças físicas e principalmente psicológicas. Por isso o apoio familiar, a fisioterapia e o acompanhamento psicoterápico é de extrema importância, para que o paciente possa tenha uma boa adaptação às próteses ortopédicas.
E graças aos avanços tecnológicos as próteses estão cada vez mais versáteis e funcionais. Veja mais uma explicação do Dr. Anderson, agora com relação aos componentes para uma prótese de desarticulação de joelho:
” Atualmente nós temos dois tipos de joelhos: policêntricos ou mono eixos que seria a construção mecânica do joelho que foi amputado. Os joelhos ainda são divididos em joelhos mecânicos, onde a extensão é feita através de molas, e os joelhos pneumáticos na qual se tem um pistão de ar internamente que irá auxiliar o paciente na fase de extensão do chute da marcha. E existem os joelhos hidráulicos que ao invés de ser um pistão de ar, será de óleo, onde a resistência destes pistões de óleo são melhores do que os de ar, no sentido do movimento e não de durabilidade.
Uma comparação entre um joelho com pistão de ar e hidráulico, é por exemplo ao descer uma escada, onde com joelho hidráulico conseguirá descer degrau por degrau pelo fato dele conseguir suportar mais o peso corporal.
Com relação aos pés, existem diversos modelos como o pé sach na qual é um tornozelo de madeira, pé articulado com dois movimentos e o pé multi axial com múltiplos movimentos. Estes tipos de pés são chamados de não energizados, ou seja, eles não devolvem a energia que é gasta quando o paciente se movimenta, visto que as pessoas que utilizam próteses têm um gasto de energia maior.
Os pés citados acima são indicados para pacientes com grau de atividade baixo, aqueles que não irão andar longas distâncias.
Agora para aqueles pacientes que pretendem fazer atividades físicas, por exemplo, é indicado os pés de fibra de carbono, chamados de pés energizados, pois a fibra de carbono tem uma propriedade onde ela absorve energia e devolve ao paciente, como um efeito mola. Então quando o paciente começa a andar e aplicar força sobre os pés, essa fibra de carbono absorve a energia aplicada e depois devolve no final da marcha em forma de impulso”
Acima de tudo, atualmente existem diversos modelos de próteses e a escolha da prótese deverá sempre levar em conta o grau de atividade de cada paciente, tamanho do coto, idade e outras série de fatores para poder fazer uma indicação correta da prótese.
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Amputei minha perna direita bem na articulação do joelho fui em outro médico ortopedista e ele falou bem claro que não posso usar uma prótese ele disse que pra usar uma prótese tem que amputar abaixo do joelho ou a cima
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