Covid-19 e Amputação: Conheça a relação!

Covid-19 e Amputação: Conheça a relação!

De acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), 39% dos médicos atenderam ao menos um paciente infectado pela Covid-19 e que desenvolveu a trombose. E qual a relação entre Covid-19 e amputação? Continue a leitura!

 

Trombose, Covid-19 e Amputação

Segundo especialistas, o coronavírus têm um tropismo pelo sistema reticuloendotelial, ou seja, onde tem vaso sanguíneo tem uma alteração que pode causar um trombo (Trombo é a formação de um coágulo no sangue que obstrui ou dificulta a circulação de um vaso sanguíneo). Então, se acontece a formação de um trombo nos membros inferiores ou superiores, isso pode ser a causa de uma amputação. 

 

Diversos pesquisadores do mundo todo ficaram intrigados com o aumento de pacientes com Covid-19 apresentando sinais de trombose, e ao investigar os casos, chegaram à conclusão que a combinação de vários fatores pode levar a resultados críticos.

 

Segundo pesquisadores do Centro Médico Montefiore, em Nova York, que conduziram uma pesquisa para verificar a relação entre a Covid-19 e casos de trombose, chegaram à conclusão que o risco de amputação aumenta em 25%. A trombose pode ocorrer em qualquer fase da vida, porém é mais comum na meia-idade ou na velhice. Todos os pacientes analisados na pesquisa eram idosos, com, em média, 70 anos. 

 

Na pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), 39% dos médicos vasculares disseram ter ao menos um paciente com trombose venosa (Coágulo de sangue em uma veia profunda, geralmente nas pernas.) ou embolia na qual testaram positivo para Covid-19. 

 

Nessa pesquisa, curiosamente os idosos não foram os mais afetados pela trombose. O maior número de atendimentos ocorreu na faixa de 40 a 60 anos, com 72%. A partir dos 60 anos de idade, o número cai para 64%. Apenas 8% dos participantes atenderam jovens de até 20 anos de idade; 51% atenderam infectados de 20 a 40 anos.

 

Foi também constatado na pesquisa da SBACV, que 82% dos angiologistas e cirurgiões vasculares que participaram da pesquisa fizeram atendimentos a pacientes com o novo coronavírus com trombose nos membros inferiores. Em contrapartida, 12% dos médicos atenderam pacientes com o quadro nos membros superiores.

 

Nessa pesquisa, participaram cerca de 470 angiologistas e cirurgiões vasculares, associados da entidade. O objetivo da pesquisa foi fazer um levantamento do percentual de médicos que atenderam pacientes infectados pela Covid-19 e a sua relação na formação da trombose. 

 

Sintomas Trombose

 

A Trombose venosa tem como sintomas mais frequentes endurecimento da musculatura da panturrilha, dor, inchaço e aumento das veias mais superficiais. 

 

Outros sintomas apresentados por pacientes hospitalizados por Covid-19 são descoloração das pernas, que são sinais de trombose. Esse e outros sintomas citados anteriormente acontecem porque os coágulos dificultam o fluxo sanguíneo nas extremidades dos membros. 

 

Os principais fatores de risco para trombose são imobilização prolongada, trombofilia, obesidade, varizes, uso de hormônios femininos associado ao tabagismo, permanecer acamado por muito tempo, cirurgias prolongadas, idade avançada, câncer, fase final da gravidez e pós-parto. 

 

O diagnóstico da trombose inclui desde exames clínicos, de sangue e/ou ultrassom Doppler. Com relação ao tratamento, a grande parte é realizada com medicamento anticoagulante, repouso com as pernas elevadas e, em alguns cenários e o uso de meias elásticas.

 

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Alerta sobre sequelas pós-Covid

 

No XV Congresso Médico Científico realizado no final de maio na cidade de Santos, litoral de São Paulo, alguns médicos alertaram sobre as sequelas pós-Covid. 

 

Segundo especialistas, 63% dos pacientes atendidos eram homens com idade média de 58 anos, onde todos apresentaram síndrome pós-viral com alteração respiratória e fraqueza muscular. Desse total, 21% sofreram amputação e 5% são acometidos por acidente vascular cerebral (AVC,) que pode levar à perda motora, alteração na fala e na memória. 

 

Ainda não está muito claro para os especialistas da associação entre a covid-19 e a trombose. Alguns médicos acreditam que haja a combinação de fatores incluindo maior tendência de coagulação do sangue, de danos ao revestimento das artérias e de aumento das reações imunológicas. 

 

Enquanto não se chega a uma conclusão, a melhor forma de evitar uma amputação causada por uma trombose é o diagnóstico precoce para a preservação dos membros.

 


Referências bibliográficas

 

https://pebmed.com.br/covid-19-39-angiologistas-atenderam-ao-menos-um-paciente-infectado-com-trombose/

 

https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/mais-saude/noticia/2021/05/31/congresso-medico-cientifico-traz-palestrantes-renomados-para-santos.ghtml

 

https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/mais-saude/noticia/2021/06/01/homem-sonha-voltar-a-dancar-apos-amputar-a-perna-por-conta-da-covid-19-no-litoral-de-sp.ghtml

 

https://blogs.correiobraziliense.com.br/datempo/2020/07/18/covid-19-pode-levar-a-uma-trombose-fatal/

 

   

 

 

 

 

 

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