Apesar de já existirem próteses de membros superiores e inferiores refinadas em termos tecnológicos, muitos pacientes relatam não conseguirem ter o controle de seus membros artificiais intuitivamente. Esse problema leva a uma diminuição da mobilidade, fadiga cardíaca e problemas relacionados a quedas. Neste artigo te apresentaremos algumas próteses do futuro.
Em últimas instâncias, pode levar o paciente a abandonar o uso da prótese por sentir que ela não faz parte do corpo.
Por isso, pesquisadores do mundo todo estão em busca de próteses que tenham uma melhor interface. Conheça abaixo algumas das últimas tecnologias em próteses.
Pele Sintética auto reparadora para as próteses do futuro
Imagine uma pele firme, elástica e altamente sensível que pode se auto regenerar até 5000 vezes. Essa tecnologia foi desenvolvida pelos pesquisadores da Universidade King Abdullah de Ciência e Tecnologia (KAUST), na Arábia Saudita, e poderá ser usada em futuras próteses. A tecnologia foi batizada de skin eletrônico ou e-skin e os resultados foram publicados na revista Science Advances.
Segundo os pesquisadores, a pele eletrônica além de revestir as futuras próteses, também irá fazer o monitoramento da saúde do paciente.
Essa pele sintética pode sentir objetos a uma distância de até 20 centímetros, reage a estímulos em menos de um décimo de segundo e se repara mais de 5.000 vezes. Ela imita a elasticidade e a recuperação da pele humana. Além disso, o e-skin também é altamente sensível, podendo distinguir a caligrafia escrita em sua superfície.
De acordo com o Dr. Yichen Cai, autor do estudo, o e-skin imita as funções da pele humana, incluindo a sensação de toque e temperatura em tempo real.
O que torna esta tecnologia possível é a utilização de hidrogel reforçado com nanopartículas de sílica que criam a superfície elástica da pele. E essas nanopartículas são combinadas com um sensor MXene de carboneto de titânio 2D usando nanofios altamente condutores.
Toda essa combinação funciona porque os hidrogéis são compostos por mais de 70% de água, tornando-os compatíveis com os tecidos da pele humana.
Segundo os cientistas, esta tecnologia pode imbuir as próteses com a capacidade de monitorar informações biológicas, incluindo alterações na pressão arterial. Os dados podem ser compartilhados e armazenados na nuvem via wi-fi.
Pele Movida a Energia Solar
Cientistas da Universidade de Glasgow desenvolveram uma pele sintética movida a energia solar que imita o sentido do tato. Eles conseguiram fazer isso sem usar sensores de toque caros. Tudo é processado por meio de células solares embutidas e pequenos LEDs.
As células solares que são embutidas na pele, podem gerar energia suficiente na qual alimentam os micro-atuadores que controlam os movimentos da mão protética. E além disso, as células solares também fornecem uma sensação única de toque ao medir as sombras dos objetos.
Pelo fato da fonte de energia desse protótipo ser a própria pele sintética, o professor Ravinder Dahiya, líder de pesquisa na Escola de Engenharia James Watt da universidade, afirmou que ela também é capaz de fornecer energia à mão e aos dispositivos a ela ligados.
E quando não há luz do dia, a pele sintética contém supercapacitores que são dispositivos que mantêm a carga elétrica, permitindo que a pele funcione.
Sensação Única de Toque
As células solares da pele sintética funcionam em dobro para fornecer ao membro protético uma sensação única de toque. Ela utiliza a sombra dos objetos quando se aproximam para calcular sua forma.
Essa capacidade, combinada com os dados da luz infravermelha produzida por LED (que pode detectar a distância), o e-skin, na verdade, tem uma sensação de toque.
Este progresso e outros é um passo mais perto da criação de um membro protético totalmente auto-alimentado envolto em uma pele flexível feita de peças relativamente baratas. Além disso, as capacidades de detecção do e-skin podem levar a uma versão que pode identificar objetos que se aproximam antes de fazer contato.
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