Quando pensamos em uma pessoa com amputação, logo nos vem à cabeça pessoas de mais idade, que tenham problemas com doenças como diabetes, problemas vasculares, ou pacientes que sofreram algum acidente de trabalho ou no trânsito. Entretanto, existe um grupo muito especial, que em alguns casos é necessário que se faça a amputação desde muito jovem e terá que fazer o uso de prótese ortopédica, são as nossas crianças. Fique até o final deste artigo e entenda tudo sobre o processo de protetização infantil.
Protetização Infantil: Principais causas para uso da prótese ortopédica
Durante o pré-natal muitas síndromes ou complicações são diagnosticadas. E existem algumas causas principais que correspondam para que a criança tem que utilizar uma prótese infantil:
Malformações Congênitas
As Malformações Congênitas são alterações onde uma ou mais partes do corpo não se desenvolvem por completo, como é o caso da Hemimelia Fibular , Agenesia de membro superior, Fêmur curto congênito ou Encurtamento congênito da perna.
Importante saber que não necessariamente em todos os casos de malformação congênita irá precisar de amputação, visto que alguns bebês já nascem sem um ou mais membros do corpo.
Na maioria dos casos, os pais optam pela protetização para proporcionar uma maior qualidade de vida para a criança.
Tumores Ósseos
Osteossarcoma
O Osteossarcoma é um tumor que se desenvolve nas células dos ossos, e não nas cartilagens como os condrossarcomas. Pode aparecer em qualquer osso, porém o mais comum é que surja nos seguintes ossos:
nos seguintes ossos:
- Tíbia, próxima ao joelho
- Fêmur, próximo ao joelho
- Osso superior do braço, próximo ao ombro.
Nas crianças geram quadros muito dolorosos, febre, e complicações ósseas severas, além do risco dessa infecção se espalhar pelo corpo e gerar uma sepse, comprometendo a vida da criança. Por este motivo, opta-se pela amputação.
O Osteossarcoma é causado por erros no DNA das células, que começam a multiplicar-se e crescer sem controle, invadindo o espaço de estruturas próximas. Essas células fazem com que o osso fique com uma estrutura dilatada e enfraquecida.
Osteomielite
A Osteomielite é um quadro inflamatório na qual afeta um ou mais ossos, e é causada por infecção bacteriana ou fungicida. Essa infecção bacteriana é devida a alguma intervenção, que por conta de uma porta de entrada, permitiu-se que essa bactéria fosse se alojar e causar danos no osso acometido.
Meningite Bacteriana
A Meningite Bacteriana é uma infecção que provoca inflamação do tecido que envolve o cérebro e a medula, causada por uma bactéria como Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae, Mycobacterium tuberculosis ou Haemophilus influenzae, por exemplo.
As complicações causadas pela meningite podem levar a amputações, devido a problemas vasculares que geram déficit no aporte sanguíneo do paciente.
Pais: Como lidar com a ausência de membros corporais de seu filho

Existe um conjunto diferente de regras e princípios quando estamos lidando com crianças. A criança com falta de um ou mais membros é um ser em crescimento, desenvolvimento e aprendizagem.
Além das diferenças óbvias que são provocadas pelo crescimento, as crianças reagem às deficiências de maneira diferente dos adultos. Porém a maneira de reagir, está relacionada às duas categorias de crianças com deficiências de membros. Aquelas que nasceram com malformação congênita e aquelas que adquiriram após o nascimento, ou seja, que sofreram amputações.
No primeiro caso, a criança não tem sensação de perda e nada de novo para se ajustar. A utilização de prótese é um auxílio, e não um substituto.
Agora aqueles que perdem um membro por trauma ou doença, a menos que a amputação tenha ocorrido quando eram muito jovens, terão uma profunda sensação de perda e passarão por um período de adaptação. A maneira como eles administram essa mudança afeta muito a aceitação da substituição de membros protéticos.
Com relação aos pais, sabemos que é um choque receber a notícia da malformação do bebe, falta dos membros corporais ou eventual amputação ainda nos primeiros anos de vida.
De imediato muitos pais sentiram uma sensação de luto, decepção por pensar que muitos planos que foram feitos durante a gestação nunca vão se realizar. Mas acalme o seu coração, porque isso não é verdade.
Com resolução e aceitação, novas expectativas serão estabelecidas para que no final, tudo correr bem, e a criança receba todo apoio e o cuidado que são duplamente necessários para auxiliar no crescimento.
É normal se sentir perdido, mas não se esqueça: você não está sozinho e existem muitas pessoas dispostas a te apoiar neste momento.
Busque ajuda em grupos online com outros pais que estão passando pela mesma situação ou através do suporte dos profissionais envolvidos na recuperação do seu filho, por exemplo.
Como ajudar seu filho a lidar com a ausência de um membro?
Durante a vida, a criança que precisa de prótese irá enfrentar diversos obstáculos diferente de outra criança sem a necessidade.
Há diversos fatores a serem considerados, por isso a chave de tudo é a preparação, busca de informação, para que tudo ocorra da forma mais natural possível.
Afaste de sua mente alguns questionamentos como: “Será que meu filho irá conseguir fazer as mesmas coisas que os amiguinhos? Ou “como será tratado na escola pelos colegas?
Busque manter uma comunicação transparente e honesta com seus filhos, pois eles irão se inspirar em você para ter a sua própria força interior.
Ajude seu filho a lidar com a amputação ou ausência de um membro principalmente quando ele estiver fora de casa, é um elemento importante no processo de cura.
Caso você tenha outros filhos, evite ao máximo fazer comparações, associadas a traços psicológicos e principalmente o físico.
Prótese Infantil: Quando iniciar o uso?

Existem vários fatores e teorias de quando deve-se iniciar a protetisar uma criança. Deve-se levar em conta qual o nível de amputação, se a amputação é de membro superior ou inferior são algumas das respostas fundamentais sobre a questão.
A utilização de próteses para membros inferiores pode iniciar a partir do momento que a criança começa a querer se levantar com a perna do lado contrário à amputação. Isso acontece geralmente por volta de um ano de idade, com a descoberta da posição de ortostatismo (ficar de pé), e consequentemente ocorre a liberação das mãos para outras funções, que exercem um papel significativo no desenvolvimento cognitivo dessa criança.
Com relação às próteses de membros superiores, o trabalho pode começar a partir do momento que a criança começa a sentar. Antes disso, a prótese seria um desconforto e um empecilho para o engatinhar.
Enfim, a instrução da família irá exercer um papel fundamental para o sucesso da protetização da criança. Além disso, deve-se levar em consideração o grau de coordenação motora e cognitiva que cada criança apresenta em relação a sua idade e desenvolvimento, evitando o uso de componentes tecnologicamente inadequados ou sofisticados demais para o momento em que a criança está.
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