A Síndrome do Membro Fantasma é definida pelos especialistas como a percepção de como se ainda existisse um membro que foi perdido por amputações acidentais ou intencionais.

 

Ou seja, ela é uma condição neurofisiológica, onde a parte amputada desmembra-se do corpo, porém não do cérebro, ocasionando dores ao paciente.

 

Os especialistas dizem que a síndrome do membro fantasma pode se manifestar de duas maneiras: sensação ou dor fantasma crônica.

 

Uma parcela das pessoas que sofreram amputação, relata a sensação da presença do segmento do corpo, que na verdade está ausente.

 

A causa para esta condição neurofisiológica se manifestar ainda é desconhecida e intriga boa parte dos profissionais da área da saúde.  Consequentemente, não existe uma causa específica para acontecer.

 

Muitos indivíduos, por medo ou vergonha, escondem o quadro dos familiares, amigos e profissionais da saúde, e como consequência não procuram o devido tratamento.

 

Mas afinal como funciona a Síndrome do Membro Fantasma?

 

Vamos imaginar a seguinte situação. Nosso cérebro é o computador e o membro que foi amputado é o nosso teclado. 

 

Se cortarmos os fios que conectam o computador ao teclado, o computador ainda reconheceria a conexão, mesmo que os fios ainda tivessem danificados. 

 

Trazendo essa situação para a síndrome, acontece uma falha de comunicação entre nosso cérebro e o nosso corpo. Pois o cérebro é o responsável de construir nossa imagem corporal. O cérebro tem uma certa dificuldade em entender que o corpo perdeu uma parte. Cerca de 70% dos amputados dizem senti-la ao longo da vida.

 

Dor Fantasma

o que é a síndrome do membro fantasma

 

A dor no membro fantasma, é uma ilusão que machuca muito. Os pacientes relatam uma sensação dolorosa do membro amputado onde apresenta os seguintes sintomas: compressão, ardência, queimação, até mesmo beliscões na região.

 

E estes sintomas podem estar ligados não só a aspectos físicos, como também aos psíquicos, apesar de atualmente ser melhor sustentada a “teoria fisiológica” no caso dos amputados.

 

Essas dores podem se intensificar ao longo dos anos e tende a aparecer com maior frequência em pacientes que sofreram amputação traumática.

 

 

 Quem pode sofrer com a Síndrome do Membro Fantasma ?

 

Qualquer amputado, seja de membros superiores ou membros inferiores, casos como desarticulação de quadril ou joelho, transfemoral, transtibial, está sujeito a vivenciar a síndrome ao longo da vida.

 

Psíquico x Psicológico 

 

Ao longo do tempo acreditava-se que as sensações provenientes de partes do corpo ausentes tinham origem psicológica. Porém, a partir do século XXI, esta crença foi substituída pela “teoria fisiológica”.

 

Avanços nas pesquisas científicas sugeriram que a síndrome do membro fantasma está ligada às áreas do córtex pós-central, que “por sua vez determinam mapas somatossensoriais, com ênfase ao mapa do giro pós-central. Deste modo, cada indivíduo possui uma imagem que o representa, sendo esta denominada “imagem corporal”.

 

fonte: https://blogfisioterapia.com.br/guia-sindrome-do-membro-fantasma/

 

Ou seja, todos nós temos uma ” imagem corporal”que envolve diversos fatores vindos da experiência humana como ideias, percepções e emoções. E este conjunto encontra-se em constante mudança. 

 

O paciente está habituado a ter um corpo completo, e quando sofre uma amputação, isso acarreta uma dificuldade de adaptação a uma falta de um membro que foi retirado subitamente para o funcionamento daquele corpo.

 

E apesar de  membro do corpo não existir mais, a sua área de representação no córtex continua ativa, e promovendo os sintomas que foram citados acima. 

 

A síndrome do membro fantasma é consequência de fatores psíquicos e fisiológicos, entretanto a “teoria fisiológica”explica de maneira mais ampla as sensações vividas pelos pacientes.

 

Quais os tratamento para a Síndrome do Membro Fantasma?

 

A primeira coisa a se fazer para combater a síndrome é comunicar o fisioterapeuta ou outro profissional qualificado na área da saúde que o paciente tenha contato direto. Através de medicamentos, fisioterapia, acupuntura ou até outros tratamentos alternativos, os sintomas podem ir diminuindo com o tempo.

 

Um experimento criado pelo Dr. Ramachandran, para diminuir os efeitos do membro fantasma,  consiste em colocar um espelho ao lado membro que  não foi amputado. O objetivo é  de enganar o cérebro, para criar a impressão de que os membros estão la, diminuindo assim a dor fantasma. 

 

Em conclusão, o tratamento fisioterapêutico para a síndrome irá permitir ao paciente, um elevado grau de independência funcional e será capaz de se readaptar a vida profissional e social. 

 

Então a amputação atualmente não significa uma exclusão de uma pessoa de suas atividades da vida diária, e sim uma nova fase de readaptação para que as tarefas realizadas sejam tão normais quanto a de indivíduos que não sofreram a perda de um membro. 

 

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Até a próxima!

 

 

 

 

 

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