A adaptação à prótese de membro superior é um processo essencial para que o paciente conquiste mais independência, funcionalidade e qualidade de vida após uma amputação. Ela envolve diversas etapas que vão além da simples colocação do dispositivo, englobando acompanhamento multidisciplinar, fisioterapia, treinamento e apoio emocional.
Neste artigo, você vai entender como funciona esse processo, quais os desafios mais comuns e o que esperar em cada fase da adaptação.
1. Avaliação inicial: conhecendo o paciente
Tudo começa com uma avaliação completa do paciente. É nesse momento que a equipe especializada – composta por médicos, fisioterapeutas e profissionais da prótese – analisa:
- Nível da amputação (transradial, desarticulação do cotovelo, transumeral etc.);
- Condições do coto (cicatrização, mobilidade, sensibilidade);
- Estilo de vida e objetivos do paciente;
- Expectativas e preferências (prótese estética, funcional ou mioelétrica).
Com essas informações, é possível indicar o tipo de prótese mais adequado para cada caso.
2. Confecção e testes da prótese
Após a avaliação, inicia-se o processo de confecção da prótese. Algumas etapas importantes:
- Molde do coto: garante que o encaixe seja confortável e seguro;
- Testes com encaixe provisório: permite ajustes finos antes da prótese definitiva;
- Escolha dos componentes: dependendo do nível de amputação e das funções desejadas, são escolhidas mãos mecânicas, pinças, controladores mioelétricos, entre outros.
Durante esse período, o paciente pode começar a se familiarizar com a sensação de uso da prótese.
3. Treinamento funcional com fisioterapia
A fisioterapia especializada é uma das etapas mais importantes da adaptação. Com ela, o paciente aprende:
- Como vestir e remover a prótese corretamente;
- Como realizar movimentos com precisão e segurança;
- Como desenvolver coordenação, força e resistência muscular;
- Como incorporar a prótese nas atividades da vida diária.
No caso das próteses mioelétricas, é feito um treinamento específico para que o paciente consiga controlar os movimentos da mão ou do braço por meio dos sinais musculares.
4. Adaptação psicológica e apoio emocional
Além do aspecto físico, a adaptação também envolve o lado emocional. A amputação é uma mudança significativa na vida do paciente, e lidar com a imagem corporal, com a nova rotina e até mesmo com o olhar das outras pessoas pode ser desafiador.
Por isso, muitas clínicas especializadas contam com apoio psicológico para acompanhar essa fase. Trabalhar a autoestima, o autocuidado e a confiança no uso da prótese é fundamental para o sucesso da reabilitação.
5. Acompanhamento contínuo
Mesmo após a entrega da prótese definitiva, é essencial manter um acompanhamento periódico com a equipe técnica e clínica. Nesses retornos, são avaliados:
- Conforto do encaixe;
- Funcionalidade da prótese no dia a dia;
- Necessidade de ajustes ou manutenções;
- Evolução do uso e possíveis novas demandas do paciente.
A prótese faz parte da rotina, e é natural que, com o tempo, o paciente precise de modificações ou até de uma nova prótese, conforme suas habilidades evoluem.
Conclusão
A adaptação à prótese de membro superior é um processo que exige paciência, dedicação e, principalmente, um acompanhamento especializado e humanizado. Cada paciente tem seu tempo, e respeitar esse tempo faz toda a diferença para o sucesso da reabilitação.
Se você ou alguém que conhece está passando por esse momento, conte com a nossa equipe para ajudar nesse caminho. Estamos prontos para oferecer tecnologia de ponta, cuidado individualizado e muito acolhimento.
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Perguntas Frequentes (FAQ)
1. Quanto tempo leva para me adaptar à prótese de membro superior?
O tempo varia de pessoa para pessoa, mas em geral, as primeiras semanas são de aprendizado e adaptação funcional. Com acompanhamento adequado, muitos pacientes se sentem confortáveis com o uso após 1 a 3 meses.
2. Vou conseguir fazer tudo o que fazia antes da amputação?
A maioria das atividades pode ser readaptada, especialmente com uma prótese funcional. Em muitos casos, o paciente desenvolve novas habilidades e estratégias para realizar as tarefas do dia a dia.
3. A prótese dói?
Uma prótese bem ajustada não deve causar dor. Se houver desconforto, é importante retornar à clínica para reavaliação do encaixe.
4. Posso usar a prótese o dia todo?
Sim, desde que esteja confortável. Muitos usuários utilizam a prótese durante todo o dia e a removem apenas para dormir ou descansar.
5. A prótese precisa de manutenção?
Sim. Assim como qualquer dispositivo, a prótese exige manutenções periódicas para garantir seu funcionamento ideal e aumentar sua durabilidade.